maio 18, 2007

Sobre análise financeira


[...]Conseguir compreender o passado é uma necessidade para objectivar o futuro, pelo que da análise financeira surge naturalmente o planeamento financeiro, tanto que os gestores utilizam os planos financeiros para estabelecer objectivos concretos, para antecipar surpresas e para avaliar se a empresa tem disponibilidades suficientes para fazer face aos seus créditos e/ou se dá boa aplicação aos seus excedentes de tesouraria.

Os rácios económico-financeiros são um instrumento prático para resumir um grande número de dados económicos e financeiros e para comparar o desempenho das empresas, ajudando-as a fazer as perguntas certas, embora nem sempre tenham capacidade para fornecer as respostas.

O módulo de Análise Financeira do ArtSOFT permite separar a análise em três áreas:

Tesouraria: análise das disponibilidades correntes da empresa e dos valores previsionais diários ao nível de recebimentos, pagamentos e disponibilidades

Gestão: análise das compras e vendas mensais, através do sistema de inventariação permanente, análise do lucro bruto por valor e percentagem e análise previsional vs. real de artigos (por quantidade e valor), mensal ou comparativo com ano anterior

Resultados: análise mensal, até os últimos 5 anos, de custos vs. proveitos, visualização do balanço, da demonstração de resultados, do apuramento do lucro tributável e do cálculo de IRC, com a possibilidade de proceder a alterações nos valores de modo a simular o fecho da contabilidade tendo acesso a visualizar os valores actuais sem ter de realizar apuramentos intercalares; para além disto permite ainda a definição de rácios e configuração de textos automáticos para comentar a comparação entre os indicadores da empresa e os seus próprios rácios relativos a anos anteriores ou com os de outras empresas do mesmo ramo de actividade. Quando o gestor tem as noções de gestão financeira mas não tem disponibilidade para interpretar a sua análise, ou tendo essa disponibilidade mas carecendo das noções necessárias, deve-se socorrer destes textos que fazem essa interpretação de forma automática ajudando e servindo de suporte à tomada de decisões.

Naturalmente que a Análise Financeira por si só não é suficiente para gerir uma empresa, mas interligando-a com algumas das tecnologias de informação actuais (ERP's – Enterprise Resources Planning, que permitem a integração das diversas actividades empresariais; CRMCustomer Relationship Management, sistema destinado ao apoio à gestão do relacionamento com clientes; BIBusiness Intelligence, programas integrados para gerar a inteligência empresarial) é possível determinar se os principais factores de sucesso estão relacionados com o modo como uma empresa está organizada, como ela selecciona os responsáveis pela tecnologia ou como ela trata os seus recursos humanos. Conhecendo os factores críticos uma empresa tem condições de, montando a sua estratégia ao nível das tecnologias de informação de forma mais eficaz para obter a vantagem competitiva esperada através desta poderosa ferramenta, determinar quais os factores críticos de sucesso para um maior impulso à actividade económica da empresa avaliando quais as actividades que devem ser automatizadas e estimuladas e determinar quais os factores críticos de fracasso analisando quais os trabalhos que podem ser eliminados ou corrigidos.

Se por um lado, quanto menos tempo o gestor dedicar ao prévio conhecimento do mercado em que actua maior será a sua exposição aos riscos intrínsecos da actividade, por outro lado, também quanto maior for o seu conhecimento e domínio do mercado de actuação menor será a sua exposição aos riscos do sector e maior será a facilidade de obtenção de economias de escala e sinergias de produtividade. A análise financeira permite a obtenção deste conhecimento.[...]

Créditos: P.Belo- T.I.