janeiro 14, 2007

Reformatando informação

Continuando a crónica:

• Mesmo as empresas que se actualizaram e possuem bons equipamentos e novo software, constata-se em muitos casos que:
• Este é escolhido tendo por base o seu baixo custo, ou crença cega na empresa vendedora;
• Foi implementado para resolver problemas circunstanciais que não foram analisados, criando invariavelmente outros problemas colaterais.
• Têm problemas de performance, quer pela linguagem de programação utilizada, quer pelo modelo de dados implementado, ou ainda pela plataforma escolhida (redes desktop em detrimento de redes cliente/servidor, muitos equipamentos ligados no mesmo segmento de rede, etc.). Para todos estes casos, existe sempre as famosas desculpas do implementador: “adquira equipamentos ainda mais potentes...”, e “se é pesado é porque faz muita coisa...”
• Desrespeitam as mínimas regras da engenharia de software, com todos os problemas dai inerentes quer na qualidade do software (Data Warehouse, três camadas, etc.), quer na continuidade ou actualização daquela aplicação, trazendo como consequência:
• Dispersão/redundância/dessincronização de dados, podendo criar várias contas para o mesmo cliente / fornecedor / contas de contabilidade. Se os erros dai derivados forem descobertos, o trabalho de consolidação manual de várias contas para uma única poderá ser impossível (porque a contabilidade já está encerrada), ou muito caro só considerando recursos humanos.

• Cada programa/módulo tem os seus próprios dados, mesmo sendo comuns a vários, replicando-os nos outros a pedido (vulgo ‘integram’), construindo assim “ilhas de informação” podendo chegar a ter informação contraditória, nunca se podendo ter a certeza de qual está mais correcta.
• Possibilidade de introdução de registos duplicados, como, por ex. a introdução da mesma factura de fornecedor mais que uma vez, com os consequentes erros de stock, pagamentos, etc.
• Deficiente modelo de dados, que provoca grandes limitações na consulta do processo documental e construção/obtenção de relatórios, e como consequência, ou são demasiado lentos, inviabilizando muitas vezes a utilização do mesmo para a tomada de decisões.
• Problemas na sincronização de dados com vários utilizadores em simultâneo, resultando na inconsistência ou perda de informação (caso da actualização de linhas de uma factura apenas no fecho desta, que não retira os produtos de stock durante o tempo de execução do próprio documento, o que provoca sempre informações erradas de stock durante esse período).
• Dificuldade em efectuar qualquer correcção por mais simples que seja.

Créditos: FG